
Entre os desafios e dificuldades encontrados no telemarketing filantrópico, encontra-se a resistência da população ao tipo de serviço e a incipiente capacitação dos teleoperadores. “Quando uma operadora liga e o receptivo percebe que trata-se de telemarketing,de imediato reage com rejeição do tipo ‘agora não posso’. Desta maneira, cabe aos operadores de telemarketing do terceiro setor trabalhar com a sensibilização de impacto, identificando de imediato em nome de qual instituição ele está falando e em seguida solicitar a permissão para que ele possa continuar o seu script”, aposta Rose Duarte de Souza, coordenadora de telemarketing do Hospital do Câncer de Muriaé, pertencente a Fundação Cristiano Varella. Ela acrescenta que falta maior preparação dos atendentes, “precisamos de mão-de-obra qualificada e esta é a nossa maior dificuldade, porque é muito diferente o telemarketing de venda para o telemarketing filantrópico. As pessoas chegam robotizadas com os script´s de vendas e na verdade precisamos de pessoas para um telemarketing em que a mensagem deve ser humanizada”, conclui Rose.
Além da capacitação dos operadores, o problema nas organizações do terceiro setor também é estrutural, na visão de Coelho. “As próprias instituições filantrópicas são bastante desestruturadas, falta muito investimento; o setor de telemarketing está pronto operacionalmente, mas precisa de direcionamento como definir metas e objetivos, desenhar uma estratégia operacional, ter uma visão administrativa”, aponta.