Guilherme Wroclawski, CEO e cofundador da Hero Seguros

A personalização no digital para encantar no setor de seguros

CEO e cofundador da Hero Seguros descreve a trajetória da insurtech que vem crescendo de forma exponencial eliminando dores do segmento

A união de um expert em digital com um bem-sucedido executivo do setor de seguros fez nascer uma insurtech que comercializou, somente no mês passado, mais de 165 mil seguros. Isso, apenas três anos e meio após a fundação. Detectando dores do mercado segurador, a Hero Seguros enxergou a oportunidade de customizar produtos e construir integração dinâmica com os parceiros corretores, além de verticalizar as operações, permitindo acompanhar a jornada completa do segurado. Tudo começou com a especialização no seguro viagem e agora o portfólio se expande para a proteção financeira. Essa história foi compartilhada, hoje (19), por Guilherme Wroclawski, CEO e cofundador da Hero Seguros, na 1182ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

“O nome Hero foi escolhido exatamente para expressar um valor da empresa de resolução de dores, combatendo o caráter de vilão que muitas vezes se atribui às seguradoras.” Com mais de 15 anos de experiência no mercado digital, o executivo abriu a conversa com essa explicação, acrescentando que sua entrada nesse mercado, por meio de uma startup, lhe abriu os olhos para algumas dores sentidas no setor. “Um dos principais paradigmas que a Hero vem desafiando é ultrapassar o produto de prateleira em favor do seguro customizado. A segunda grande dor percebida foi a incapacidade de fazer negócio, a falta de conexão e integração com as grandes seguradoras. Nesse sentido, desenvolvemos esteiras de integração bem estruturadas para atender diferentes cenários que temos com os parceiros intermediários.”

Outro grande problema detectado foi o atendimento ao cliente. Ou seja, como conseguir excelentes experiências sabendo que tem que operar dentro dos limites regulatórios daquele seguro. Segundo Guilherme, tradicionalmente, são 15 a 20 páginas de contrato, com cláusulas complexas, o que os levou a buscar uma simplificação, que proporcionasse o menor grau de fricção possível no relacionamento. “Diante desses desafios, junto com meu sócio Raphael Swierczynski, vindo efetivamente do segmento segurador, juntamos nossas visões complementares, fator essencial para uma startup de seguros, que é um mundo muito regulado. Foi a união das alavancas de agilidade do digital com a ótima gestão de sinistralidade, precificação, etc., que fez surgir, no segundo semestre de 2021, os primeiros estudos para criação da Hero, tentando solucionar essas dores do mercado segurador.”

Conforme explicou, o primeiro produto escolhido, por estar com demanda reprimida ainda no final da pandemia, foi o seguro viagem, uma área onde Rafael já reunia grande experiência de precificação. “Preparamos todo o arcabouço tecnológico para permitir a agilidade desejada, conseguindo efetuar a primeira venda em março de 2022. Deu tão certo que, no mês passado, vendemos mais de 165 mil contratos, contabilizando R$ 25 milhões em prêmios, o que comprova que a forma com que decidimos tratar as dores detectadas não era apenas uma teoria.” A diversificação foi o próximo passo, se utilizando do seguro viagem, onde alcançaram 12% de market share, como ponto de partida para criar a estrutura e o modus operandi capaz de reduzir fricção e melhorar a experiência do cliente no mercado B2B2C. “Estamos lançando agora a ‘proteção financeira’, que é o guarda-chuva que abriga seguro de vida, o prestamista, acidentes pessoais, etc., que acaba protegendo o segurado de uma dívida, podendo ser um crédito bancário ou uma compra alta que foi parcelada e assim por diante.”

Na sequência, o executivo respondeu positivamente uma indagação da audiência, se a Hero, utilizando tecnologia de ponta para criar e distribuir seguros personalizados, conseguirá manter a mesma experiência aos clientes com a diversificação do portfólio. “Como verticalizamos a operação, conseguimos controlar a jornada inteira do segurado, cuidando da customização do produto, passando pelas formas de integração e da venda dos nossos produtos, providências cujos resultados em customer success e rentabilidade já se provam verdadeiros.” Ele falou, ainda, da forma como se relacionam com os intermediários, os parceiros de business integrados, desenhando produtos customizados e ferramentas para que consigam vender, entre outros assuntos.

O vídeo está disponível, na íntegra, no nosso canal do YouTube, o ClienteSA Play, junto com às outras 1181 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3,7 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA prosseguirá amanhã (20), recebendo Fernanda Lopes, partnerships manager da Promova, que abordará a tecnologia e escuta ativa na construção das jornadas; na quinta, será a vez de Márcio Castro, CIO da Panasonic Latin America e diretor de operações Brasil; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Cliente global: Qual é a bola da vez nas relações de consumo?”, reunindo Camila Ferreira, CEO e fundadora da Rise UP, Maria Carolina Rodrigues, especialista em consumer insights, e Ladislau Batalha, CEO do LAB Experience e do ICXI.

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