Essa tecnologia permite alcançar a mesma audiência em diferentes telas, da tv conectada para o mobile e vice e versa, com o diferencial da exibição integrada dos anúncios
Autora: Paula Freire
A relação entre marcas e consumidores mudou drasticamente nos últimos anos, impulsionada pela transformação digital acelerada e por novas expectativas de experiência, conveniência e personalização. Com essa integração de tecnologias como inteligência artificial, aplicativos, geolocalização e realidade aumentada, marcas estão propondo um papel mais ativo, exigente e conectado na forma como se relacionam com produtos e serviços.
Um detalhe importante dessa mudança é em relação ao atendimento, que deixou de ser um canal reativo para se tornar um ponto de contato contínuo em que 7 a cada 10 clientes preferem se comunicar com marcas por mensagens, priorizando agilidade e personalização, segundo dados da Infobip, plataforma global de comunicações em Nuvem. A geração Z, que é nativa digital, lidera essa mudança comportamental.
A personalização tem se tornado um diferencial competitivo, canais como Whatsapp, Instagram e até mesmo o TikTok cresceram fortemente nos últimos três anos como ferramenta de interação entre marcas e seu público, o que reflete a demanda por experiências mais segmentadas e autênticas. Essa evolução ocorre junto a outras tendências importantes, tal como o Household Sync, tecnologia que permite alcançar a mesma audiência em diferentes telas, da tv conectada para o mobile e vice e versa, com o diferencial da exibição integrada dos anúncios.
Outro recurso cada vez mais utilizado é o retargeting, quando os usuários recebem uma notificação push em seus dispositivos móveis – proveniente de alguns aplicativos, como os da operadora do celular – com o conteúdo da marca. Ao consumir conteúdos que façam sentido com suas preferências, o telespectador fica mais propenso a prestar atenção aos anúncios apresentados naquele momento, gerando grandes chances para as marcas alcançarem uma audiência altamente engajada e receptiva.
A geolocalização também tem ganhado destaque nas campanhas mobile, por oferecer experiências hiper personalizadas e em tempo real. Não é à toa que um estudo conduzido pela Harvard Business Review aponta que 87% das organizações que implementaram análise de geolocalização observaram um aumento na satisfação do cliente.
Mas como ela funciona na prática? Com o consentimento do usuário, os anunciantes conseguem impactar uma audiência usando a sua localização. Grandes nomes como Burger King, Coca-Cola e Nike utilizam essa funcionalidade de forma estratégica, redirecionando o tráfego para as lojas físicas.
O mercado gamer também tem sido muito importante para as empresas se conectarem com o seu público. Por meio de ações personalizadas e presença em locais estratégicos como campeonatos de esportes eletrônicos, que têm aberto espaço para a profissionalização de novos jogadores e para marcas se conectarem com este público.
O consumidor atual vive em uma constante troca de telas: começa pela busca pelo celular, vai para a comparação de preços no notebook e finaliza na compra em um tablet. Essa jornada cross-device exige que as marcas ofereçam campanhas consistentes e contínuas em todos os pontos de contato, com experiências que conversem entre si e acompanhem o ritmo natural dos clientes, aumentando a chance de entregar conteúdos cada vez mais assertivos.
Para isso, é fundamental contar com tecnologias como design responsivo e dados unificados, garantindo que cada interação em qualquer tela converse com a anterior, reforçando a confiança e aumentando a taxa de conversão. Em outras palavras, estar presente em diversos canais não é suficiente, a relevância em cada um é que faz a diferença. A inovação, utilizada de forma eficaz, simplifica essa conexão, estreitando laços, fidelizando clientes e revolucionando a interação entre marcas e consumidores.
Paula Freire é head of sales da Siprocal.