A pergunta é a seguinte: quanto você vai perder até decidir automatizar?
Autor: Renan Salinas
Imagine uma grande organização, onde departamentos inteiros operam em sincronia absoluta sem precisar de uma única reunião para alinhar tarefas operacionais. Nada de e-mails duplicados, retrabalhos, perder tempo com o que não é interessante. Apenas fluidez. Esse é o efeito transformador da automação de processos por RPA (Robotic Process Automation).
Enquanto alguns ainda tentam convencer seus times de que automatizar tarefas é “uma meta de longo prazo”, as empresas mais ágeis já estão colhendo os frutos de terem digitalizado suas veias operacionais e não estamos falando de um pequeno ganho de produtividade, e sim de crescimento exponencial.
Segundo relatório da Grand View Research, o mercado global de RPA deve atingir US$ 30,85 bilhões até 2030, com uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 38,2%. Por que tamanha aceleração? Porque RPA é o que separa empresas que sobrevivem daquelas que escalam.
Quando uma empresa decide implantar RPA, ela está fazendo uma declaração ao mercado de que não aceita mais perder tempo com tarefas que um robô pode fazer melhor e mais rápido.
Ela está afirmando que o talento humano precisa estar livre para criar, resolver, conectar, pensar e não para copiar e colar planilhas. Além disso, a companhia tem ciência de que o erro humano recorrente custa caro, não só em dinheiro, mas em confiança, e que processos automatizados, bem estruturados, são alicerces para decisões estratégicas, não só alívios operacionais.
É por isso que, de maneira quase invisível, empresas com RPA avançam mais rápido. Porque, enquanto seus concorrentes estão corrigindo o básico, elas estão ocupadas construindo o futuro.
Crescimento não acontece em ambientes travados
Vamos ser diretos: empresa que quer crescer precisa eliminar processos manuais, a famosa fricção. Planilhas perdidas, dados inconsistentes, múltiplas versões de um mesmo relatório, tudo isso é areia nos sapatos de uma organização que tenta correr.
O RPA resolve isso com elegância, já que ele conecta sistemas, padroniza tarefas, garante conformidade e oferece rastreabilidade. O impacto vai muito além do financeiro, embora ele seja poderoso. Mas há um ganho menos tangível e mais transformador: velocidade de resposta.
Empresas automatizadas têm menos latência decisória. Elas reagem mais rápido a mudanças de mercado, escalam produtos com mais agilidade e conseguem personalizar jornadas do cliente com inteligência. Elas não só operam melhor. Elas pensam melhor.
Automatizar é uma escolha moral
Sim, você leu certo. Automatizar, hoje, é uma escolha moral, afinal, insistir em manter talentos fazendo tarefas repetitivas é desperdiçar potencial humano. Líderes que entendem isso libertam seus times para atuar onde realmente importa.
Se sua empresa ainda não está colhendo os frutos da automação de processos, a pergunta não é “se” você vai automatizar. A pergunta é quanto você vai perder até decidir automatizar.
O futuro está sendo escrito por organizações que automatizam o que podem e humanizam o que importa. Elas crescem mais rápido porque decidiram não negociar mais com a ineficiência, já que entenderam que o tempo é o único ativo irrecuperável. E que ninguém, nem mesmo os gigantes, pode se dar ao luxo de desperdiçá-lo.
Talvez o maior segredo por trás do crescimento acelerado dessas empresas seja esse: elas não têm medo do invisível. Sabem que o que não aparece nos dashboards, como o tempo economizado, o erro evitado, o cliente que ficou por causa de um processo mais fluido, é o que, no fim, move as grandes transformações.
E você? Vai seguir operando no modo manual ou vai liberar sua empresa para crescer?
Renan Salinas é CEO e founder da Yank Solutions.