Executivos de ABBC, Celcoin, Efí Bank e Fiserv debatem os avanços dessa invenção brasileira que conquistou clientes
Prestes a completar cinco anos, o Pix se consolida como uma das maiores transformações do sistema financeiro brasileiro, redefinindo a relação com o dinheiro. Em um país historicamente marcado por desafios de inclusão e burocracia, o modelo instantâneo, simples e disponível 24 horas por dia foi abraçado por milhões de brasileiros. Mais do que um meio de pagamento, o Pix tornou-se uma plataforma tecnológica em constante evolução, que vem impulsionando comportamentos, acelerando a bancarização, ampliando o acesso ao mercado digital e abrindo espaço para jornadas cada vez mais criativas. Trocando reflexões sobre o tema, Euricion Murari, diretor de inovação da Associação Brasileira de Bancos, Luis Moraes, head de banking da Celcoin, Francisco Carvalho, diretor de TI e produtos do Efí Bank, e Giuliana Cestaro, diretora de produtos da Fiserv Brasil, participaram, hoje (17), da 1224ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
Abrindo o bate-papo, Euricion começou explicando que o Brasil tinha um problema sério de inclusão financeira, com o Pix revolucionando isso ao trazer simplicidade para algo complexo e permitir a adesão à população como um todo. “Trata-se de uma plataforma tecnológica que causou um movimento revolucionário de inclusão financeira, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, em um funcionamento 24 X 7, criando algo que não tem mais volta.” O executivo acrescentou que o Pix acelerou as mudanças de comportamento pela facilidade e simplicidade que trouxe para as transações, aproveitando para citar alguns números: “O ano de 2024 fechou com cerca de 800 milhões de chaves cadastradas, sendo que quase 95% delas de pessoas físicas, o que dá uma ideia do volume da adesão. E, em termos de valores, isso significou 120 bilhões de transações financeiras, representando mais de R$ 50 trilhões no ano passado.”
Na sequência, Giuliana destacou que as novas modalidades de Pix têm mostrado o quanto ele evoluiu, desde que foi lançado, sendo usado no início para transferências entre pessoas fisicas, o que favoreceu o aprendizado rápido. “Vencidas as dificuldades iniciais de aprendizado, hoje avançando pelo Pix por aproximação, Pix automático para transações recorrentes, etc., o que nos mostra que as pessoas aderiram firmemente a essa modalidade de pagamento. Inclusive, trazendo as formas que elas já estavam acostumadas a utilizar também para o Pix, criando mais fluidez nas transações.”
Em seguida, Luiz reforçou que o Pix acelerou a bancarização, permitindo usar essa modalidade até para pagar um sorvete na praia. “Ambos, comprador e vendedor, já estão preferindo usar o Pix do que cartão ou dinheiro vivo. Ele acelera e simplifica a transação, não só para o consumidor, mas também para o varejista que consegue verificar imediatamente se o pagamento realmente aconteceu, entre outras vantagens.”
Por sua vez, Francisco comentou que, como usuário dessa forma de pagamento, acredita que a grande adesão se deve ao trabalho do Banco Central de colocar o cliente no centro, pensando, desde o pré-lançamento, na experiência que o usuário teria. “Já em 2020, 2021, a adesão foi crescendo pela facilidade de utilização da ferramenta pela pessoa física, nas diversas jornadas, pensadas para o pagador, gerando recordes de movimentações. Daí, que hoje, com o surgimento do Pix Troco, Pix Parcelado, etc, gosto de olhar para esse meio como algo mais do que um simples meio de pagamento, mas mais como uma plataforma de experiências. O que permite às empresas também a usarem para surpreender seus clientes com jornadas criativas. Portanto, o sucesso do Pix passa muito por esse hub de experiências.”
Uma questão enviada pelo público e respondida pelos convidados foi sobre a influência dos provedores globais de tecnologia financeira se posicionando no Brasil. Em cima disso, o diretor do Efí Bank explicou que o Pix é também uma plataforma de infraestrutura que coloca todos os bancos, fintechs e instituições de pagamentos, sob o mesmo arranjo e responsabilidade, e com as mesmas oportunidades. A diretora da Fiserv complementou, afirmando que tudo isso contribuiu para a evolução de todas as ferramentas que estão no entorno, notadamente as que visam controlar a presença de fraudes. Eles também debateram as implicações em transações internacionais envolvendo o Pix, a potencialização do ecossistema do Pix com novas evoluções surgindo, entre outros assuntos.
O vídeo, na íntegra, está disponível no nosso canal do YouTube, o ClienteSA Play, junto com as outras 1223 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3,8 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA retorna na segunda-feira (20), trazendo André Santos, embaixador da marca Mercado Livre, que falará de uma nova proposta de valor para os sellers; na terça, será a vez de Leonardo Ladeira, CEO do Portal de Compras Públicas; n quarta, Paulo Yoo, diretor de experiência e programas de saúde do dr.consulta; na quinta, Alessandro Thompson, diretor comercial da InterCement Brasil; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Black Friday: a conquista do cliente pelo bolso ficou para trás?”, reunindo Marcelo Navarini, diretor geral do Bling, Luis Lourenço, diretor de novos negócios da RD Station, e Bruno Meira, coordenador de sucesso de e-commerce da Nuvemshop.